Em 1725 o rei D.João V encomenda os retratos dos Bragança ao pintor régio residente, Domenico Duprá, para o tecto desta sala (Os caixotões de madeira com retratos já existiam desde o séc XVII, com imagens de musas figuras da antiguidade e pessoas ilustres dessa época). O maior conjunto pintado pelo pintor retratista italiano. Um série integral de 18 pinturas de uma pintura feita em unitário, única em Portugal. Giorgio Domenico Duprà (1689-1770) foi um notável pintor Italiano nascido em Turim, que atuou no século XVIII. Educado em Roma, Domenico Duprà foi um discípulo de Francesco Trevisani, ainda que também fortemente influenciado pela escola francesa de retrato.A partir de 1719 veio para Portugal na companhia de Filippo Juvara, célebre arquitecto chamado a Lisboa pelo rei D. João V, o Magnânimo de Portugal, passando a trabalhar como pintor régio na corte e tendo obtido aposentos e oficina privativa no próprio Palácio Real, conforme a tradição da corte de Versalhes.

Os  quadros representam 16 Duques de Bragança até ao Principe D.José (1714-1777) e os progenitores do 1° Duque D.Afonso, o rei D.João I (1358-1433), e da 1a. Duquesa D.Beatriz Alvim (1380-1415), o Condestável D.Nuno Alvares Pereira (1360-1431). A ladear o fogão, dois cães perdigueiros portugueses do século XVIII, de mármore de Estremoz. Neste salão, onde se terão realizado as cerimónias mais solenes, podemos apreciar quatro tapeçarias seiscentistas de armação Vida de Aquiles, executadas em Bruxelas pelo tapeceiro Daniel Eggermans sobre cartão de Peter Paul Rubens: Vulcano entrega a Tétis, mãe de Aquiles o escudo e armadura que havia feito; Ulisses descobre Aquiles disfarçado de mulher; Briseis é devolvida a Aquiles; Morte de Aquiles, fatalmente atingido no calcanhar.

As grandes Ânforas da oficina de Fontana e as Salvas trilobadas, executadas pelos Patanazzi, são de majólica italiana de Urbino, de finais do século XVI.

De salientar igualmente, o grande Tapete persa, tipo Ispahan, do século XVI, as Cadeiras com espaldar e assento de veludo bordado a fio de prata, do século XVII e as quatro armaduras dos séculos XVI-XVII.